sábado, 16 de junho de 2012

Reprodução Assistida



Casal infértil
Como determinar esta infertilidade no casal? Para a psicóloga Ana Suassuna, especialista em Reprodução Assistida e membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana,o casal pode ser considerado infértil quando há incapacidade de gestar após um ano de relações sexuais sem o uso de qualquer método contraceptivo. “Após esse período, é recomendável o casal procurar atendimento médico para identificar se existe uma causa definida”, explica a especialista.
A reação a esse possível diagnóstico de infertilidade é singular e depende das características de personalidade e capacidade de resiliência de cada um. Alguns sentimentos como negação, raiva, culpa vergonha, depressão, isolamento, perda de controle ou desesperança podem ser observados nos casais que passam por essa experiência.
A presença de um profissional de saúde mental como psicólogo, psicanalista ou psiquiatra, alerta a médica, é importante no acompanhamento antes, durante e depois do tratamento.



Riscos envolvidos
Ao utilizar a Reprodução Assistida, a especialista explica que a chance da mulher engravidar na primeira vez é de 60% e ressalta que a idade interfere nas chances de gravidez. O mais prudente é perguntar ao médico quais as chances de sucesso de cada terapia e quantos ciclos de tratamento serão provavelmente necessários.
A propósito, a probabilidade da paciente sofrer um aborto com a Reprodução Assistida é a mesma de uma gravidez obtida naturalmente. Outra questão importante é: qual a chance de ocorrer gestação múltipla? “Sempre que mais de um embrião for transferido ou for realizada uma hiperestimulação ovariana haverá a chance de ocorrer uma gestação múltipla”, explica Ana Suassuna.


Métodos indicados
O método mais indicado depende de qual tipo de infertilidade. Uma das técnicas mais comuns e simples é a inseminação artificial, onde são introduzidos espermatozóides no trato genital feminino para facilitar a chegada deles nas tubas em número adequado para a fertilização dos oócitos.


Ovodoação
Outra técnica para as mulheres acima de 40 anos que não apresentam mais óvulos de boa qualidade ou que já não têm mais óvulos nos ovários, é a Ovodoação (doação de óvulos). A ideia no tratamento é utilizar óvulos de uma doadora anônima (doadora e receptora dos óvulos não se conhecem), que passa por um processo de investigação de antecedentes médicos pessoais e familiares para, só então, ser liberada para o tratamento.
Uma vez selecionada de forma anônima, essa doadora recebe medicações para estimulação ovariana. Além disso, ela será acompanhada com exames de ultrassom e sangue até que seus óvulos fiquem maduros, e só aí serão colhidos por meio de punção vaginal guiada por ultrassom e sob a anestesia.

Ovodoação: simultâneo e sincronizado
Segundo o especialista em Reprodução Assistida, Paulo Bianchi, o processo de ovodoação é, geralmente, simultâneo e sincronizado. Ao mesmo tempo em que a doadora recebe medicações para estimular os ovários, a receptora também é medicada para preparar seu útero (endométrio) para receber os embriões, formados pela fertilização dos óvulos doados pelos espermatozoides do parceiro da receptora.
“É importante esclarecer que os óvulos são fertilizados e os embriões cultivados em laboratório por 3 a 5 dias para, então, serem transferidos para a receptora. O teste de gravidez é feito de 10 a 12 dias depois para verificar se a paciente está grávida”, explica o médico.

Congelamento de óvulos
Uma alternativa para as mulheres preservarem sua fertilidade quando ainda estão no seu auge é o congelamento de óvulos. Dessa forma, podem se programar melhor para terem seus filhos. Essa técnica já alcança 40% de sucesso em média e, atualmente, já se atingiu uma taxa próxima a dos tratamentos realizados com óvulos a fresco.
“O congelamento de óvulos é hoje uma opção real para preservação da fertilidade. Entretanto, é recomendado que o procedimento seja realizado preferencialmente antes dos 37 anos quando a técnica possui seus melhores resultados”, avalia Paulo Bianchi.
Um alerta que o especialista faz é que a técnica de congelamento de óvulos não garante uma gravidez futura e permite, apenas, que o potencial reprodutivo ovariano de uma fase da vida da mulher seja mantido futuramente.

Outros riscos
Claro que, como sendo um procedimento médico, há os riscos envolvidos. Apesar de existirem muitas gestações saudáveis em mulheres acima dos 40 anos, a gravidez, nesta faixa etária, seja natural ou através de tratamento de Reprodução Assistida, é acompanhada de riscos tanto para a mãe (pré-eclâmpsia, diabetes gestacional) quanto para a criança (abortamentos, partos prematuros, baixo peso). É preciso um acompanhamento médico pré-natal mais intensivo para evitar ou se surpreender com complicações no seu início.










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